O candidato presidencial Luís Marques Mendes apresentou as suas prioridades de campanha, posicionando-se como uma força de moderação contra o que designou como a "moda do radicalismo". As suas propostas centram-se no reforço da capacidade de fiscalização do Estado e na valorização estratégica das comunidades portuguesas no estrangeiro, definindo um perfil de presidência interventiva e reformista. Num discurso perante empresários e figuras políticas, Marques Mendes afirmou que Portugal "não precisa de mais radicalismo", mas sim de "moderação, de tolerância, de equilíbrio, de bom senso e de experiência para fazer pontes". Identificou a fiscalização como o "parente pobre da missão do Estado", uma falha que, segundo ele, só é recordada em momentos de tragédia, como a queda da ponte de Entre-os-Rios ou o recente acidente com o elevador da Glória.
Prometeu, caso seja eleito, fomentar o debate e a tomada de decisões para fortalecer esta função essencial do Estado.
No que toca à diáspora, o ex-líder do PSD propôs a criação de um departamento dedicado ao "contacto permanente com as comunidades portuguesas" para as transformar num "grande ativo estratégico de Portugal". Defendeu ainda a modernização dos consulados e a implementação de três modalidades de voto para os emigrantes: presencial, postal e eletrónico, para estimular uma maior participação cívica. Com estas propostas, Marques Mendes procura demarcar-se de candidatos mais polarizadores, apresentando-se como uma figura de consenso capaz de promover reformas estruturais e de unir o país.
Em resumoLuís Marques Mendes delineou uma candidatura presidencial focada na moderação, na reforma do Estado e no reforço dos laços com a diáspora. Ao prometer combater o radicalismo e fortalecer a fiscalização estatal, e ao propor medidas concretas para os emigrantes, posiciona-se como um candidato experiente e agregador, em contraste com outras figuras da corrida eleitoral.