O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, afirmou que o pacote laboral, intitulado "Trabalho XXI", representa, na verdade, um regresso a um tempo de menos direitos para os trabalhadores. Numa crítica direta ao PS, Raimundo considerou a afirmação de José Luís Carneiro – de que as alterações laborais não podem constar do Orçamento – como "uma afirmação um bocadinho coxa". Para o líder comunista, esta é "uma forma que o PS está a encontrar para justificar a sua participação ativa na discussão do Orçamento, que não serve ao país".
Esta retórica visa posicionar o PCP como a única força de oposição verdadeiramente intransigente na defesa dos trabalhadores, pintando o PS como um partido disposto a comprometer-se com o Governo de direita em troca de concessões orçamentais. A estratégia do PCP procura, assim, capitalizar o descontentamento à esquerda com as políticas do Governo, ao mesmo tempo que tenta minar a credibilidade do PS como principal partido da oposição.














