A acusação socialista, proferida por Carneiro, visa diretamente o Ministro da Educação, Fernando Alexandre, que prometeu entre seis a sete mil novas vagas.
Segundo o líder do PS, o ministro quis “construir a casa pelo telhado” ao não dialogar previamente com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
Esta ausência de consulta terá resultado na rejeição do plano por parte de autarquias cruciais, como Sintra e Odivelas, que consideraram a proposta “inexequível”. A notícia avançada pelo jornal Público indica que, das milhares de vagas prometidas, apenas cerca de 400 estariam disponíveis. José Luís Carneiro classificou a situação como “mais um falhanço nos compromissos do Governo, o que revela, de facto, uma incapacidade muito grande, por falta de humildade democrática, para dialogar primeiro e fazer depois”.
A ANMP confirmou não ter sido ouvida sobre a negociação com 30 municípios, sublinhando que o pré-escolar é uma matéria fundamental para todas as autarquias. Em resposta, o gabinete de Fernando Alexandre afirmou que as negociações com os municípios “estão em curso”, citando o exemplo do Algarve, onde o número de autarquias aderentes terá aumentado de cinco para oito.














