A troca de acusações nas redes sociais, com epítetos como “monstrinho” e “pequeno ditador”, expõe a crescente polarização e agressividade no discurso político nacional.
A escalada retórica teve início num debate televisivo onde Isaltino Morais classificou André Ventura como “um mentiroso compulsivo” e “a reencarnação do pior que o sistema tem”.
A resposta de Ventura foi imediata, afirmando nas redes sociais que, se governasse, Isaltino “ainda estava preso”.
A contenda intensificou-se com um vídeo publicado por Morais, no qual se dirige a Ventura como “Andrézito” e o acusa de ser uma “‘excrescência do sistema partidário português’, inventado no PSD pelo famoso grupo do ‘Tutti-Frutti’”. O autarca de Oeiras apelidou ainda o líder do Chega de “monstrinho que representa o pior do sistema” e “mentiroso cobarde que enfrenta o povo rodeado de seguranças”. A reação de Ventura não tardou, num vídeo onde declarou: “Tens razão Isaltino, eu sou o monstro que vos vai perseguir a todos, corruptos e ladrões, até devolverem aos portugueses tudo o que lhes roubaram!”.
Este bate-boca entre um influente autarca independente e o líder da terceira força política nacional ilustra uma degradação do debate público, onde o ataque pessoal e a ameaça substituem a discussão de ideias.














