O Partido Socialista solicitou a realização de uma reunião extraordinária da Câmara Municipal de Lisboa para debater as circunstâncias do trágico acidente com o Elevador da Glória. Os socialistas alegam a existência de “falsidades e omissões” por parte do executivo de Carlos Moedas, nomeadamente a negação de acidentes anteriores. A ofensiva política do PS, liderada pelo vereador Pedro Anastácio, baseia-se em reportagens que revelaram a ocorrência de dois acidentes prévios, em outubro de 2024 e maio de 2025, os quais teriam sido “publicamente negados pelo presidente do Conselho de Administração da Carris e pelo vice-presidente da Câmara Municipal”. A própria Carris terá vindo, entretanto, confirmar esses incidentes, o que levou os socialistas a falar num “plano de falsidade”.
O requerimento visa obter “esclarecimentos sobre falsidades, omissões e incongruências” e confrontar os responsáveis políticos com os novos factos.
Para além dos acidentes, o PS quer ter acesso a uma carta da Comissão de Trabalhadores da Carris, datada de setembro de 2023, que alertava para a “manutenção deficiente dos veículos”. Esta iniciativa representa um forte escrutínio à gestão da Carris e da autarquia lisboeta, colocando a segurança dos transportes públicos no centro do debate político, num momento particularmente sensível, a poucas semanas das eleições autárquicas.
Em resumoO PS intensifica a pressão sobre a gestão de Carlos Moedas em Lisboa, exigindo uma reunião extraordinária para apurar responsabilidades no acidente do Elevador da Glória. A alegação de que a autarquia e a Carris ocultaram acidentes anteriores e ignoraram alertas sobre falhas na manutenção transforma a tragédia num tema central do confronto político na capital.