Segundo o líder socialista, o executivo pretende ceder nestes pontos para fazer aprovar alterações mais profundas e prejudiciais aos direitos dos trabalhadores.
Num discurso na escola de verão das Mulheres Socialistas, José Luís Carneiro afirmou que as propostas laborais do Governo “não lembram ao diabo” e que a estratégia do executivo é clara.
“O truque tem a ver com as questões ligadas à amamentação e ao luto gestacional.
Esses dois elementos foram transmitidos para a discussão para que fossem depois deixados cair em processo negocial como forma de boa-fé negocial da parte do Governo”, advertiu. Esta tática, segundo Carneiro, visa desviar as atenções das “matérias fundamentais e substantivas” da reforma, que representam um “retrocesso para os mais jovens”, para as mulheres e para os mais vulneráveis, ao “deixar de penalizar o trabalho não declarado”. A ex-ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, corroborou esta visão, alertando para o risco de estas propostas se tornarem uma “cortina de fumo” para mascarar um “conjunto de medidas de ataque aos trabalhadores”. Esta acusação do PS intensifica o confronto político em torno da reforma laboral, enquadrando a negociação como uma manobra estratégica do Governo em vez de um diálogo genuíno.














