A operação, denominada "Cheque In", coloca sob escrutínio a gestão da transportadora aérea e as decisões políticas que a envolveram.

As diligências, que visam apurar suspeitas de crimes de administração danosa, recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio e abuso de poder, estenderam-se a locais politicamente sensíveis. Um dos alvos foi a sociedade de advogados SRS Legal, onde Pedro Rebelo de Sousa, irmão do Presidente da República, é sócio.

No entanto, as investigações centraram-se no advogado César Sá Esteves, que representou a TAP no processo de rescisão.

A operação incluiu ainda pesquisas em equipamentos informáticos da Secretaria-Geral do Governo, com a PJ a solicitar acesso a emails do antigo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e do seu secretário de Estado, Hugo Mendes, embora fontes judiciais tenham esclarecido que o ex-líder do PS não está a ser investigado nesta fase.

A investigação, dirigida pelo DIAP de Lisboa, procura apreender documentação relevante para determinar se a atribuição da compensação violou a lei e se houve responsabilidades criminais.

O caso, que remonta a 2022, já tinha levado a demissões no Governo e a uma comissão parlamentar de inquérito, cujas conclusões foram remetidas ao Ministério Público, culminando agora nesta operação de grande visibilidade.