Este confronto expõe a tensão entre a nova direita populista e figuras estabelecidas do poder local, mesmo as mais controversas.

A polémica começou quando Isaltino Morais, num debate televisivo, classificou André Ventura como “a reencarnação do pior que o sistema tem” e um “mentiroso compulsivo”, associando a sua ascensão política à operação “Tutti-Frutti”.

A resposta de Ventura foi imediata, afirmando que, se governasse, Isaltino “ainda estava preso”. O confronto intensificou-se quando o autarca de Oeiras publicou um vídeo onde apelidou Ventura de “Andrézito”, “pequeno ditador”, “cobarde” e um “monstrinho que representa o pior do sistema”.

Isaltino Morais acrescentou: “Não passarás, Andrézito. Não passarás”.

Ventura não tardou a responder, também em vídeo, abraçando a provocação: “Tens razão Isaltino, eu sou o monstro que vos vai perseguir a todos, corruptos e ladrões, até devolverem aos portugueses tudo o que lhes roubaram!”.

Este embate verbal, carregado de acusações pessoais e referências ao passado judicial de Isaltino Morais, ilustra a polarização crescente e a natureza cada vez mais pessoalizada do debate político em Portugal.