O Bloco de Esquerda solicitou uma audiência urgente com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, para debater a proteção diplomática da flotilha humanitária que se dirige a Gaza. A participação da coordenadora do partido, Mariana Mortágua, na missão eleva a pressão sobre o Governo português para tomar uma posição firme face a ameaças e ataques reportados contra as embarcações.\n\nA iniciativa do BE surge após a flotilha, que inclui o navio de bandeira portuguesa «Barco Família», ter sido alvo de “ataques por drones ao largo da Grécia”. Na missiva enviada ao ministro, o partido descreve a situação como uma “violação consumada do Direito internacional” e uma “afronta à República Portuguesa”. A própria Mariana Mortágua, num vídeo divulgado nas redes sociais, apelou a uma mobilização social para pressionar o executivo, criticando a sua reação como uma das “mais tímidas, mais vergonhosas”.
A líder bloquista estabeleceu uma comparação direta com outros países europeus, afirmando: “Em Itália, onde houve mobilização com greves, o governo italiano condenou os ataques à flotilha de ontem e mandou um navio da Marinha para poder de alguma forma salvaguardar e acompanhar a flotilha.
Em Espanha, o ministro dos Negócios Estrangeiros já criticou publicamente os ataques”.
Esta situação coloca o Governo de Luís Montenegro numa posição delicada, forçando-o a gerir um incidente internacional com implicações diretas na segurança de uma líder partidária e cidadãos portugueses, num contexto de forte polarização sobre o conflito israelo-palestiniano.
Em resumoA participação de Mariana Mortágua na flotilha para Gaza e os ataques reportados criaram um ponto de tensão política interna, com o Bloco de Esquerda a exigir uma ação diplomática robusta por parte do Governo. A pressão é intensificada pela comparação com as respostas de outros governos europeus, colocando a política externa portuguesa sob escrutínio.