O episódio mais mediático envolveu a deputada do PS, Isabel Moreira, que se queixou formalmente de que o deputado do Chega e vice-secretário da Mesa, Filipe Melo, lhe "enviou beijos" e fez gestos para a silenciar durante uma sessão plenária.

O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, classificou o ato como "inaceitável" e requereu à comissão de transparência um inquérito por eventuais "irregularidades graves" e "violação dos deveres dos deputados".

Em sua defesa, André Ventura afirmou que Filipe Melo lhe garantiu que a interação foi com o deputado Rui Tavares (Livre), e não com Isabel Moreira.

Paralelamente, surgiu outra queixa, desta vez do deputado do Chega, Pedro Frazão, contra o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares.

Frazão alega ter sido ameaçado com as palavras "Eu dou-te porrada!

Queres?"

durante uma sessão plenária anterior.

O Chega formalizou uma queixa na Comissão de Transparência, intensificando o clima de hostilidade entre os dois partidos de direita. Estes incidentes, ocorridos em curtos intervalos de tempo, refletem uma deterioração do decoro parlamentar e uma escalada na agressividade do discurso político, obrigando a presidência do parlamento a intervir para tentar salvaguardar a dignidade da instituição.