"Com o nosso voto, com a nossa assinatura, isso não será de certeza.
Pelo contrário: não só não estaremos a favor, como estaremos contra e vamos fazer tudo para o travar", declarou o líder comunista.
A justificação para esta oposição frontal assenta na convicção de que o Orçamento servirá para aprofundar o "desmantelamento do SNS, dos serviços públicos" e a política de baixos salários, criticando ainda o que apelidou de "loucura dos 5% para a guerra" enquanto existem "dois milhões de pobres" em Portugal. Raimundo descreveu a discussão em torno do Orçamento como "um circo", mostrando-se convicto de que este será aprovado, independentemente do voto do PCP. Na sua análise, a viabilização será assegurada por um acordo tácito entre o Governo, o PS e o Chega, onde "para uma força sobrará o papel que está destinado de aprovação do Orçamento e, para a outra, sobrará a aprovação de todos os diplomas tão ou mais graves do que o Orçamento", como o pacote laboral. Com esta posição, o PCP demarca-se de qualquer negociação e assume-se como uma força de oposição intransigente às principais linhas políticas do executivo.














