O Governo, representado pela secretária de Estado Marisa Garrido, apresentou uma proposta que estende o acordo plurianual existente até ao final da legislatura, em 2029. A proposta mantém os aumentos já previstos, com uma atualização de 56,58 euros em 2026 e de 60,52 euros para os anos de 2027, 2028 e 2029. A Fesap e a Frente Sindical (UGT) consideraram a proposta "insuficiente", mas mostraram-se abertas a negociar melhorias, nomeadamente no subsídio de refeição e nas ajudas de custo. Em contraste, a Frente Comum (CGTP) rejeitou liminarmente a proposta, classificando-a como um "caminho de empobrecimento". O seu coordenador, Sebastião Santana, anunciou a convocatória de uma greve geral para 24 de outubro, caso o Governo não apresente uma proposta que permita a recuperação do poder de compra. "Vamos promover uma greve que se vai realizar no dia 24 de outubro, greve nacional dos trabalhadores da administração pública, de 24 horas, se o Governo não chegar a um ponto que permita uma assinatura [de um acordo]", afirmou Santana. A Frente Comum exige um aumento mínimo de 150 euros (15%) e a subida do salário base para 1.050 euros, valores muito distantes da oferta governamental, o que antecipa um outono de forte contestação social.