A proposta do Governo, considerada insuficiente pelas estruturas sindicais, prevê a extensão do acordo plurianual existente até ao final da legislatura, em 2029.

Na primeira reunião negocial, a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, propôs a manutenção dos aumentos previstos no acordo de 2024, que estabelecia uma subida de 56,58 euros em 2026, e estender a atualização de 60,52 euros anuais de 2027 e 2028 para o ano de 2029.

A proposta foi imediatamente rejeitada pela Frente Comum, afeta à CGTP, que a classificou como “inaceitável”.

Sebastião Santana, coordenador da estrutura, afirmou: “Vamos promover uma greve nacional dos trabalhadores da administração pública, de 24 horas, se o Governo não chegar a um ponto que permita uma assinatura [de um acordo]”.

A Fesap, por sua vez, considerou a proposta “insuficiente”, com José Abraão a sublinhar que “o cabaz dos bens de primeira necessidade subiu 17%”. As reivindicações sindicais são substancialmente superiores, com a Frente Comum a exigir um aumento de 15% (mínimo de 150 euros) e a Fesap uma atualização mínima de 95 euros. O Governo mostrou-se disponível para rever o estatuto do pessoal dirigente e as ajudas de custo, mantendo uma “posição de total diálogo”.