Ambos os juízes já tinham ultrapassado a duração dos seus mandatos de nove anos e aguardavam substituição por parte da Assembleia da República, um processo que tem sofrido atrasos. A saída de Almeida Ribeiro ocorre num contexto em que o seu nome foi anunciado para presidente da Mesa da Assembleia Geral do Benfica e após uma candidatura a juiz do Tribunal de Justiça da União Europeia não ter sido bem-sucedida. Em resposta a estas saídas, o plenário do TC agiu rapidamente para garantir a continuidade da sua estrutura de liderança, elegendo o juiz conselheiro João Carlos Loureiro como novo vice-presidente. Loureiro, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tinha sido cooptado para o tribunal em abril de 2023. Com estas mudanças, o TC passa a funcionar com apenas 12 dos 13 juízes previstos na Constituição, intensificando a pressão sobre o Parlamento para concluir o processo de designação dos novos membros, que exige uma maioria qualificada de dois terços e, consequentemente, um acordo entre os principais partidos.