A falta do líder do Chega, conhecido pela sua omnipresença mediática, num momento crucial para o partido, levantou questões sobre a sua estratégia e a dependência da estrutura partidária na sua figura central.

A presença de Ventura era esperada numa arruada em Colares, Sintra, ao lado da candidata Rita Matias, mas foi justificada pela assessoria como um "imprevisto".

A candidata e o líder parlamentar, Pedro Pinto, desvalorizaram a ausência, afirmando que o líder estaria a desempenhar "tarefas fundamentais e indispensáveis" e que o Chega "não é um partido de um homem só".

No entanto, a falta de uma justificação concreta e a sua ausência também da sessão plenária no Parlamento alimentaram o debate.

Fontes próximas do líder falaram em "motivos mesmo pessoais".

A situação contrasta com a forte presença dos restantes líderes partidários no terreno, que aproveitaram o arranque da campanha para marcar a sua posição.

Para um partido com uma estrutura fortemente personalizada em torno do seu presidente, a sua ausência em momentos-chave da vida política e eleitoral é notória e abre espaço para leituras sobre possíveis dificuldades internas, problemas de saúde ou uma mudança de estratégia de comunicação, visando talvez demonstrar que o partido tem outros rostos capazes de assumir o protagonismo.