A nova lei foi aprovada com os votos favoráveis de PSD, CDS-PP, Chega e IL, e os votos contra dos partidos de esquerda. O ponto central da negociação foi a exigência inicial do Chega de que os imigrantes só pudessem aceder a apoios sociais após cinco anos de descontos. Esta proposta foi retirada, mas o líder do Chega, André Ventura, negou que se tratasse de uma cedência total, afirmando que “houve mutuamente uma negociação, como houve do PSD, à nossa parte”. Ventura garantiu que ficou estabelecido um “compromisso futuro” para que esta restrição seja “legislada à parte”, embora sem um calendário definido.
O líder do Chega considerou uma “vitória” o facto de a nova lei consagrar que quem pede reagrupamento familiar tem de demonstrar meios de subsistência e que “não vai previsivelmente depender de subsídios e apoios sociais”. Este episódio demonstra a nova realidade parlamentar, onde o Governo, sem maioria absoluta, depende de negociações caso a caso, conferindo ao Chega um poder de influência decisivo em matérias-chave da agenda política e social, forçando o executivo a acomodar algumas das suas exigências para garantir a governabilidade.














