O partido Chega, liderado por André Ventura, intensifica a sua estratégia para as eleições autárquicas, ambicionando transformar o Algarve num “grande bastião” e no “início da conquista do país”. A campanha do partido na região reflete uma aposta clara na implantação local como alavanca para consolidar a sua influência política para além do plano nacional. Durante uma arruada em Portimão, André Ventura afirmou que o Algarve “será o grande bastião do Chega nos próximos anos em Portugal” e funcionará como um “grande laboratório do Chega a nível nacional”, antecipando que será o distrito onde o partido vencerá mais câmaras.
Esta aposta estratégica surge após o Chega ter sido a força mais votada na região nas últimas eleições legislativas.
O líder do partido sublinhou a importância de mostrar que o Chega “é capaz de governar uma autarquia” e não tem “medo desse desafio”, apelando aos eleitores para que votem nos candidatos locais do partido para “mudar a vossa vida”. A presença de Ventura na campanha, após uma ausência de dois dias por motivos pessoais, foi marcada também pela retoma de temas controversos, como as críticas à comunidade cigana, afirmando que “os ciganos não se estão a portar bem em Portugal”. Esta abordagem combina uma estratégia de consolidação de poder nos seus principais redutos eleitorais com um discurso populista e identitário, visando transformar o sucesso nacional em poder autárquico efetivo e demonstrar capacidade de governação.
Em resumoA campanha do Chega para as eleições autárquicas revela uma estratégia focada em converter o seu capital eleitoral nacional em poder local, elegendo o Algarve como a região-chave para demonstrar a sua capacidade de governação e expandir a sua influência política em todo o país.