Gouveia e Melo expressa a sua convicção de que a oferta visava neutralizar a sua candidatura, afirmando: “Tenho quase a certeza absoluta disso.

Por isso é que eu achei que as razões não eram as melhores e, portanto, abandonei logo essa ideia”.

A sua recusa, justificada pela perceção de que os motivos eram “errados” e partiam de uma “luta intestina política”, reforça a sua imagem de candidato antissistema, determinado a contribuir para a “melhoria e reforço do sistema político”, que, na sua opinião, “tem coisas apodrecidas”. As revelações surgem num contexto em que a sua candidatura é vista como um fator disruptivo, com potencial para dividir o eleitorado de direita e desafiar o candidato preferido do establishment, Luís Marques Mendes. Os artigos citam notícias que indicam que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estaria disposto a “fazer tudo o que estiver ao seu alcance” para evitar a candidatura do militar, temendo a ascensão de “formas de populismo autoritário”. Esta situação expõe uma complexa teia de influências e manobras de poder nos bastidores da política nacional, questionando a separação de poderes e a neutralidade das instituições.