As posições dos principais partidos da oposição revelam um complexo jogo de poder e estratégia em plena campanha autárquica.
O Partido Socialista, liderado por José Luís Carneiro, adotou uma postura de abertura condicionada, afirmando que “é mais fácil viabilizar” o orçamento após o Governo ter recuado em matérias fraturantes como as alterações à legislação laboral.
No entanto, o PS mantém a pressão, alertando para uma “perda de rendimentos permanente” para os pensionistas com rendimentos mais baixos e prometendo aprovar propostas de valorização das pensões mínimas.
Por outro lado, o Chega e o PCP acusam o Primeiro-Ministro de eleitoralismo.
André Ventura considera que o PSD traz o tema para a campanha por “medo de perder autarquias” e que os anúncios de Montenegro sobre o IRS são matérias já “acordadas” com o seu partido, posicionando-se como um negociador crucial. Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, classifica as revelações parciais do orçamento como “peçazinhas” e uma “casca de banana”, confirmando o voto contra do seu partido e acusando o PS e o Chega de disputarem o papel de “noiva do Governo”.
Esta dinâmica coloca o governo da AD numa posição delicada, dependente de negociações multipartidárias onde cada partido procura maximizar a sua influência.














