A estratégia do partido, liderada pessoalmente por André Ventura, assenta numa campanha de forte visibilidade e na definição de metas ambiciosas para consolidar a sua influência em todo o território.
André Ventura assume total responsabilidade pelos resultados, afirmando que “seja qual for o resultado, seja ele bom ou mau, o responsável máximo por esses resultados é sempre o líder do partido”.
O objetivo declarado é ambicioso: aproximar a base de 200 mil votos das últimas autárquicas da base de 1,4 milhões das legislativas.
A campanha tem focado territórios onde o partido obteve vitórias nas legislativas, como Elvas e Monforte, no Alentejo.
Nestas ações, Ventura tem recorrido a uma retórica controversa e polarizadora, nomeadamente sobre as comunidades ciganas, afirmando que “os ciganos tomaram conta desta terra”, mas enquadrando o discurso como uma exigência de igualdade perante a lei: “nós queremos que eles cumpram regras”. Esta abordagem visa mobilizar o seu eleitorado de base através de temas fraturantes, ao mesmo tempo que procura estabelecer o Chega como uma força autárquica incontornável, capaz de quebrar o domínio do PS e do PSD. A sua presença constante nos cartazes e ações de campanha sublinha a centralidade da sua figura na estratégia do partido para transformar o capital de voto nacional em poder efetivo nas freguesias e municípios.














