A decisão, tomada pela nova administração da Metro do Porto, nomeada pelo Governo, foi imediatamente interpretada como uma manobra política pelos vários candidatos.
Manuel Pizarro (PS) saudou a paragem, afirmando que a obra “nunca devia ter começado” e que se tratava de uma “provocação ao Porto”.
Por sua vez, Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL) considerou a suspensão um “passo na direção certa”, alinhando-se com a decisão da nova administração, cujo presidente, Emídio Gomes, é seu apoiante.
Outros candidatos, no entanto, viram na decisão uma interferência direta na campanha.
Sérgio Aires (BE) classificou-a como um “golpe em campanha eleitoral”, enquanto Miguel Corte-Real (Chega) salientou a coincidência da suspensão com a tomada de posse de um apoiante de Pedro Duarte. Esta controvérsia revela como projetos de infraestruturas de grande envergadura, financiados e geridos a nível nacional, podem ser instrumentalizados no debate autárquico, com cada força política a tentar capitalizar a situação para reforçar a sua posição e atacar os adversários, transformando uma decisão técnica num campo de batalha político.














