Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, tem explorado ativamente este ponto para atacar o seu adversário.
Durante ações de campanha no Alentejo, uma região onde o Chega tem crescido eleitoralmente, Raimundo acusou Ventura de ter “falta de vergonha” e de desprezar os eleitores que o elegeram em 2021.
“A única vez que foi candidato [autárquico pelo Chega] foi aqui em Moura, há quatro anos, foi eleito para a Assembleia Municipal e faltou 30 vezes”, afirmou o líder comunista, concluindo que “está tudo dito face à forma como se olha e como se respeita o compromisso com as populações”.
Esta estratégia da CDU visa contrastar a sua imagem de partido com forte implantação e trabalho autárquico com a de um adversário que, segundo acusam, utiliza o poder local apenas como plataforma para projeção nacional, sem um envolvimento real nos problemas locais. Ao focar-se no registo de presenças de Ventura, a CDU tenta desconstruir a sua imagem de candidato do povo, retratando-o como um político que abandona os seus deveres eleitorais, numa tentativa de travar a ascensão do Chega em antigos bastiões comunistas.














