A medida, a ser inscrita no Orçamento do Estado, foi imediatamente classificada como eleitoralista pela oposição, enquanto o Governo defende a sua legitimidade.
Luís Montenegro confirmou que o valor de referência do CSI subirá para 670 euros, uma medida que, juntamente com a atualização geral das pensões, representará um acréscimo de cerca de 700 milhões de euros na despesa do Estado.
O anúncio, realizado durante uma ação de campanha em Évora, motivou críticas imediatas dos principais líderes da oposição.
José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, acusou o Governo de “descarada falta de isenção, imparcialidade e independência”.
No mesmo sentido, André Ventura, líder do Chega, considerou a manobra "populismo e de eleitoralismo autárquico", defendendo antes um "aumento permanente e estrutural das pensões".
Rui Tavares, do Livre, reagiu afirmando que "a gente já conhece bem as manhas de Luís Montenegro". Confrontado com as acusações, o Primeiro-Ministro desvalorizou, argumentando que a apresentação do Orçamento é uma "obrigação" constitucional e que, se a oposição considera a medida eleitoralista, é porque "se reveem no conteúdo do Orçamento, porque só é eleitoralista aquilo que agrada aos eleitores". O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também se pronunciou sobre o tema, aconselhando o Governo a "evitar fazer campanha eleitoral sobre isso", embora tenha reconhecido que a coincidência de datas entre a entrega do Orçamento e as eleições tornava o assunto incontornável. A polémica ilustra a tensão entre a ação governativa e o período de campanha, com o Executivo a utilizar anúncios de políticas sociais como um trunfo político e a oposição a denunciar o que considera ser um aproveitamento do poder para fins eleitorais.














