A PGR assegurou que "não foram efetuadas quaisquer interceções telefónicas" e que todas as diligências "respeitaram todos os direitos, liberdades e garantias legalmente consagrados", tendo sido validadas por um juiz.

Perante a controvérsia, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que "não se deve pedir aos políticos para intervirem no domínio da justiça, porque isso quebra a separação de poderes". Em vez disso, apelou a que o Conselho Superior da Magistratura e o Conselho Superior do Ministério Público "se debruçassem sobre casos que podem criar dúvidas relativamente à imagem da justiça".

O antigo ministro Fernando Medina questionou "quem abriu a investigação, porquê, quem autorizou e qual foi a proporcionalidade exercida neste caso", enquanto Miguel Poiares Maduro alertou que "se abre com facilidade um inquérito com base numa denúncia anónima".

A situação expõe a tensão entre a necessidade de investigar suspeitas de crime e a proteção das garantias dos magistrados, levantando questões sobre o uso de denúncias anónimas e a transparência dos processos de investigação que visam figuras do sistema judicial.