A apresentação do documento, liderada pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, desencadeou reações mistas e críticas por parte dos partidos da oposição, definindo o cenário para as negociações parlamentares.
O PSD, através do vice-presidente da bancada Hugo Carneiro, apelou ao “sentido de responsabilidade” dos restantes partidos para não “desvirtuarem o saldo orçamental”, enquanto o CDS, pela voz de Paulo Núncio, pediu responsabilidade ao Chega e ao PS, alertando que a “margem negocial do Orçamento em 2026 ‘é reduzida’”.
O ministro Miranda Sarmento reforçou esta ideia, afirmando que a “margem é próxima de zero”.
Em contrapartida, a oposição manifestou o seu descontentamento.
O Livre, através da deputada Patrícia Gonçalves, criticou a “pouca ambição política” de um orçamento que “não tem medidas”.
A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, considerou que a proposta “agrava as injustiças fiscais”, favorecendo os grandes interesses económicos.
A Iniciativa Liberal, por sua vez, descreveu o documento como “ganancioso para o Estado” em vez de ambicioso para os portugueses.
André Ventura, líder do Chega, avisou que o seu partido “não tolerará” um aumento dos impostos sobre os combustíveis e manifestou-se “estruturalmente contra” a manutenção dos atuais níveis de apoios sociais como o RSI.
Este leque de reações evidencia as dificuldades que o governo minoritário enfrentará para aprovar o orçamento, dependendo de negociações complexas com partidos que, embora não fechem a porta a uma viabilização, apresentam exigências e críticas substanciais.














