A disputa envolve o candidato do partido à junta de freguesia de Cabanelas, André Gomes, e o candidato à câmara municipal e líder distrital, Filipe Melo. O diferendo tornou-se público quando André Gomes anunciou a retirada do seu apoio a Filipe Melo, acusando-o de ser “absolutista e totalitarista”, e declarou apoio a um candidato independente, Fernando Feitor, que foi eleito vereador pelo Chega em 2021. Segundo Gomes, após a publicação de um vídeo a formalizar esta posição, ele e Feitor foram alegadamente “cercados e bloqueados” por quatro veículos da campanha de Melo.
Na queixa apresentada à GNR, os queixosos afirmam que se sentiram “intimidados” e que os suspeitos pretendiam “ofender a sua integridade física” e “demovê-los em questões políticas”.
Em resposta, Filipe Melo refutou as acusações, classificando-as como uma “encenação” e um “golpe de teatro”.
Anunciou também a retirada da confiança política a André Gomes, justificando a decisão com o facto de o candidato à junta defender “de forma acérrima, a comunidade cigana”.
Melo desafiou Gomes a retirar o seu nome das listas do Chega, afirmando que este “não tem legitimidade nenhuma para ser candidato pelo Chega quando apoia outros candidatos”. Este episódio expõe uma fratura significativa na estrutura local do partido, revelando tensões sobre liderança, alinhamento político e a abordagem a temas sensíveis para o eleitorado do Chega.














