As disputas acesas em Lisboa e no Porto, com empates técnicos nas sondagens, concentram as atenções.

Este ato eleitoral é visto como um teste crucial para as principais forças políticas, com potencial para alterar os equilíbrios de poder a nível nacional.

A grande questão, segundo analistas, é se o voto de domingo refletirá preocupações locais ou dinâmicas nacionais.

O professor André Azevedo Alves, da Universidade Católica Portuguesa, considera que os temas nacionais tendem a ter mais peso nas autarquias urbanas.

A politóloga Paula Espírito Santo, do ISCSP, contrapõe que os eleitores “distinguem claramente as eleições autárquicas das legislativas”, valorizando figuras com obra feita, embora reconheça a influência de problemas nacionais como a habitação.

O desempenho do Chega é um dos principais focos de interesse.

Após afirmar-se como segunda força no Parlamento, o partido de André Ventura procura agora consolidar a sua presença no território.

Um dos testes será em Sintra, onde a candidata Rita Matias surge bem posicionada.

André Azevedo Alves antecipa que um cenário de viragem, com a conquista de municípios estratégicos, representaria “um terramoto político”.

Em Lisboa, as sondagens apontam um empate técnico entre o atual presidente, Carlos Moedas (PSD/CDS/IL), e a candidata Alexandra Leitão (PS/BE/Livre/PAN). No Porto, com a saída de Rui Moreira, a sucessão está aberta, com uma disputa equilibrada entre Pedro Duarte (PSD/CDS/IL) e Manuel Pizarro (PS).