O confronto evidencia a tensão entre o Governo e os sindicatos sobre a valorização salarial e a perda de poder de compra.
A estrutura sindical critica a proposta do Executivo, que mantém os aumentos salariais previstos no acordo plurianual de 2024, fixados em 56,58 euros ou 2,15% para 2026. Para o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, este é “um orçamento de continuidade dos problemas que existem na administração pública” e a proposta “fica muito aquém daquilo que é a resposta necessária face ao contínuo perder do poder de compra dos trabalhadores”. As reivindicações da Frente Comum incluem um aumento salarial de 15% para todos os trabalhadores, com um mínimo de 150 euros, a revogação do sistema de avaliação de desempenho e a garantia do vínculo público de nomeação. O dirigente sindical lamentou a falta de diálogo do Executivo, que terá adiado reuniões antes da entrega do OE, e manifestou poucas expectativas de que haja alterações significativas. “Se estivéssemos à espera de grandes alterações, não teríamos marcado a greve dia 24”, afirmou Santana, acusando o Governo de “grande intransigência negocial”. A greve geral é, assim, apresentada como “a resposta necessária a esta política orçamental” e um instrumento “determinante para forçar o Governo a mudar de rumo”.














