O caso abala o Ministério e coloca em xeque a integridade de um alto cargo governamental, gerando pressão política sobre o Executivo.

A denúncia foi apresentada por uma assessora de 29 anos, que alega que o assédio por parte do seu superior hierárquico começou em junho, pouco depois de o novo Governo ter tomado posse. A vítima afirma ter mensagens que poderão constituir indícios do crime e testemunhas que referem a presença repetida de Nataniel Araújo junto à sua residência.

Em consequência, a jovem decidiu abandonar o cargo três meses após a nomeação.

Em resposta, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, solicitou à Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) a abertura de um processo de averiguações, garantindo que “procederá em conformidade” com as conclusões do inquérito. Nataniel Araújo, que continua em funções, declarou ao Expresso que irá prestar “todas as informações”, esperando que “tudo seja esclarecido em sede própria”.

O caso ganha contornos políticos adicionais por Nataniel Araújo ser companheiro da deputada do PSD Carla Barros.