A declaração motivou uma reação imediata do secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, que acusou o chefe do Executivo de “cometer um crime” ao violar o dever constitucional de isenção e imparcialidade. As palavras de Montenegro, proferidas em ações de campanha, visavam sublinhar a necessidade de uma “relação de parceria com a governação do país para poder levar à vida das pessoas a consequência das nossas decisões”. No entanto, foram interpretadas pela oposição como uma tentativa de partidarizar o Estado e de tratar de forma desigual os municípios consoante a sua cor política. José Luís Carneiro foi contundente na sua crítica, afirmando que Montenegro violou “o dever de isenção, de imparcialidade que jurou servir quando tomou posse como primeiro-ministro”.
Comentadores citados nos artigos descreveram a declaração como “um disparate” e algo que “se esperaria ouvir numa república subsariana”.
A polémica dominou o final da campanha, transformando-se num confronto direto entre os líderes dos dois maiores partidos sobre os limites da intervenção do poder central em eleições locais e a integridade institucional do cargo de primeiro-ministro.














