Esta dinâmica parlamentar evidencia a estratégia do Executivo para assegurar a estabilidade política e o posicionamento dos principais partidos da oposição. O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, afirmou que o Governo “correspondeu às exigências” do seu partido em matérias como a legislação laboral, a Lei de Bases da Saúde e a segurança social, sinalizando que irá “contribuir para a estabilidade política do nosso país”. Embora ressalvando que não seria o orçamento do PS, a sua posição aponta para uma provável abstenção, garantindo a passagem do documento. Por outro lado, André Ventura, líder do Chega, adotou uma postura mais exigente.
Apesar de reconhecer a inclusão de algumas propostas do seu partido, como o aumento do Complemento Solidário para Idosos, avisou que o Chega “não tolerará” qualquer aumento de impostos sobre os combustíveis, uma condição crítica para o seu apoio. O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, reforçou a pressão sobre a oposição ao afirmar que a proposta tem uma margem “próxima de zero” para acomodar medidas adicionais sem arriscar um regresso ao défice, colocando a responsabilidade de manter o equilíbrio orçamental nas mãos do Parlamento.














