Posteriormente, a própria embaixada recuou na sua declaração.

O Governo admitiu inicialmente ter havido uma “falha de procedimento”, explicando que o Ministério dos Negócios Estrangeiros não fora informado da operação, que teve autorização tácita de uma entidade dependente do Ministério da Defesa.

Esta aparente descoordenação interna e as informações desencontradas alimentaram as críticas da oposição.

Mariana Mortágua, líder do Bloco de Esquerda, foi veemente: “O Governo mentiu ao povo português e essa mentira transformou o nosso país em cúmplice do maior crime contra a humanidade”.

A polémica expôs fragilidades na comunicação do Executivo e levantou sérias questões sobre a coerência da política externa portuguesa em relação ao conflito no Médio Oriente.