Este resultado marca uma reconfiguração profunda do poder local, com os sociais-democratas a assegurarem a presidência dos cinco municípios mais populosos do país: Lisboa, Porto, Sintra, Vila Nova de Gaia e Cascais. O presidente do PSD, Luís Montenegro, classificou o resultado como "extraordinariamente relevante", sublinhando que o partido voltou a ser "o maior partido no poder local".
A conquista de bastiões históricos do PS, como Guimarães, e a vitória em Espinho, cidade natal do primeiro-ministro, reforçaram a dimensão simbólica do triunfo.
A recuperação da ANMP e da Anafre devolve ao PSD uma plataforma de influência institucional crucial na negociação com o poder central, algo que o partido não detinha há mais de uma década.
A análise dos Autarcas Social-Democratas (ASD) saudou a "vitória histórica", considerando-a um reflexo da "confiança dos portugueses".
O politólogo António Costa Pinto interpretou os resultados como um espelho de "uma maioria de centro-direita e direita na política portuguesa". Esta vitória territorial confere um novo fôlego ao governo minoritário de Luís Montenegro, que vê a sua base de poder consolidada a nível local, num momento crucial para a negociação de políticas nacionais, como o Orçamento do Estado.














