Além disso, a coligação sofreu derrotas significativas em bastiões históricos no Alentejo, como Alcácer do Sal e Grândola, que passaram para o controlo socialista.

Em Palmela e Sesimbra, o Chega esteve perto de conquistar as câmaras, refletindo a nova pressão da direita radical sobre o eleitorado tradicional da CDU.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, reconheceu que o "resultado é negativo" e que a coligação ambicionava mais.

No entanto, apontou para "elementos de resistência", como a conquista de quatro novas autarquias ao PS (Montemor-o-Novo, Mora, Sines e Aljustrel), duas das quais (Mora e Montemor-o-Novo) foram recuperadas após as ter perdido em 2021.

Raimundo frisou ainda a evolução da votação da CDU a nível nacional em comparação com as legislativas de maio. Apesar destes focos de resistência, o balanço global confirma uma erosão contínua da base autárquica da CDU, que deixa de governar qualquer capital de distrito e vê a sua hegemonia no Alentejo e na Península de Setúbal fortemente contestada.