Contudo, o resultado ditou um executivo sem maioria absoluta, antecipando um mandato de diálogo e negociação política.

A coligação de Ana Abrunhosa elegeu cinco vereadores, o mesmo número que a coligação 'Juntos Somos Coimbra' (liderada pelo PSD), do agora ex-presidente José Manuel Silva.

O Chega elegeu pela primeira vez um vereador, que se torna decisivo na nova aritmética do poder municipal.

Consciente deste cenário, Ana Abrunhosa afirmou que irá governar "sem coligações, mas com diálogo e estabelecimento de pontes", sublinhando que "a política do partido acabou" e que o foco será "resolver o problema das pessoas".

A nova presidente prometeu assumir a pasta do urbanismo e avançar com medidas imediatas, como a transferência do atendimento aos cidadãos para os Paços do Concelho e a expansão da rede de transportes urbanos a todas as freguesias no prazo de dois anos.

A perda da maioria absoluta que o PSD detinha em 2021 e a saída da CDU do executivo, que atribuiu o seu mau resultado ao "voto útil" na esquerda, reconfiguram o panorama político local.

A governação de Abrunhosa dependerá da sua capacidade de construir consensos pontuais com a oposição, num equilíbrio de forças onde a vereadora do Chega, Maria Lencastre Portugal, poderá assumir um papel de 'fiel da balança'.