A eleição, no entanto, resultou num executivo dividido, onde o Chega assume um papel potencialmente decisivo.

A candidatura de João Azevedo obteve 42,28% dos votos, o que se traduziu na eleição de quatro vereadores, o mesmo número alcançado pelo PSD de Fernando Ruas, que obteve 40,88%. A grande novidade na composição do executivo é a eleição de um vereador do Chega, Bernardo Pessanha, que com 8,53% dos votos se torna o 'fiel da balança' para a governação do município. O presidente da distrital do PS, Armando Mourisco, classificou a conquista como uma das "grandes vitórias" do partido a nível nacional. Por seu lado, o líder da distrital do PSD, Carlos Santiago, lamentou a perda do "baluarte, a capital de distrito".

O vereador eleito do Chega, Bernardo Pessanha, já clarificou a sua posição, rejeitando qualquer coligação formal e afirmando que o seu partido avaliará as propostas "política a política".

Garantiu, contudo, que não aprovará "políticas socialistas" para o concelho, antecipando um mandato de governação complexo para João Azevedo, que terá de procurar consensos para viabilizar as suas propostas.

Esta mudança política num dos mais emblemáticos bastiões do PSD simboliza uma das maiores surpresas da noite eleitoral e abre um novo capítulo na política local de Viseu.