O Partido Socialista (PS) e um movimento de cidadãos independentes foram os principais beneficiários desta reconfiguração de poder. O PS conseguiu vitórias importantes em Alcácer do Sal, elegendo Clarisse Campo e terminando um ciclo de 12 anos de poder da CDU, e em Grândola, onde Luís Alexandre retirou os comunistas do poder após três mandatos consecutivos.
Em ambos os concelhos, a última vitória socialista remontava a 2009.
A derrota mais simbólica para a CDU ocorreu em Santiago do Cacém, onde Bruno Pereira, do movimento "Somos Todos Cidadãos", venceu as eleições, retirando o poder à CDU pela primeira vez na história democrática do concelho. A única vitória da CDU na região foi em Sines, com a eleição de Álvaro Beijinha, que transitou de Santiago do Cacém após atingir o limite de mandatos.
Esta vitória permitiu à CDU reconquistar uma câmara que lhe escapava desde 2005.
Este resultado regional espelha o declínio mais vasto da CDU no distrito de Setúbal, onde chegou a governar os 13 municípios e agora lidera apenas quatro, sendo Sines o único representante do Alentejo Litoral. A perda de influência da CDU nesta região tradicionalmente de esquerda marca o fim de uma era e abre espaço para uma nova dinâmica política, onde o PS assume a liderança da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) com maioria absoluta.














