A perda das duas únicas capitais de distrito que governava é particularmente simbólica.
Em Évora, a CDU foi derrotada pelo PS, liderado por Carlos Zorrinho.
Em Setúbal, a ex-presidente da CDU, Maria das Dores Meira, que concorreu como independente com o apoio do PSD e CDS-PP, reconquistou a câmara, deixando a CDU numa distante quarta posição. Das 19 autarquias que detinha, a CDU manteve apenas oito, incluindo os bastiões de Palmela, Seixal e Barrancos.
No entanto, conseguiu recuperar quatro municípios ao PS: Montemor-o-Novo, Mora, Sines e Aljustrel.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, reconheceu que o "resultado é negativo", mas apontou para "elementos de resistência" e para uma evolução na votação nacional em comparação com as legislativas. A análise dos resultados indica uma erosão contínua da influência da CDU no Alentejo e na Península de Setúbal, áreas tradicionalmente de forte implantação comunista, com o PS e, em menor grau, o Chega e movimentos independentes a captarem o descontentamento.














