Segundo dados provisórios, foram eleitas 48 mulheres para liderar 308 municípios, o que corresponde a 15,68% do total, um aumento considerável face aos 9% registados em 2021.

A professora de Direito Administrativo Eva Macedo considera este resultado "positivo, sobretudo porque infletiu a trajetória descendente que se tinha verificado em 2021", mas alerta para o risco de se considerar o problema resolvido, uma vez que o número continua "muito distante" da paridade. A Região Autónoma dos Açores destaca-se como um "caso feliz", com oito mulheres eleitas em 19 municípios, aproximando-se de uma "paridade natural".

Em contrapartida, nos distritos de Beja e Leiria não foi eleita qualquer mulher.

Por partidos, PS e PSD elegeram, cada um, 20 mulheres.

Especialistas, como Eva Macedo, defendem uma revisão da Lei da Paridade para que esta abranja explicitamente a eleição para o cargo de presidente de câmara, argumentando que, sem essa alteração, os resultados continuarão a ser "paraparitários". A tendência de crescimento estendeu-se também às juntas de freguesia, com o número de mulheres presidentes a aumentar em vários concelhos.