Os partidos Livre e PAN solicitaram audições urgentes no Parlamento com a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.
A proposta, noticiada pelos jornais Público e Expresso, visa uma maior “modernização” e “descentralização” administrativa.
No entanto, os partidos da oposição e várias organizações ambientalistas temem que a medida represente um retrocesso.
O Livre alertou que “o desmantelamento do ICNF põe em causa a continuidade e a eficácia das políticas públicas nesta área” e mascara uma “estratégia deliberada para enfraquecer os serviços públicos e desmontar as estruturas de proteção ambiental”.
O PAN manifestou preocupação de que a alteração possa levar a uma “politização no lugar da autonomia técnica” e comprometer a gestão de áreas protegidas. A coligação de ONG de ambiente C7 e a Ordem dos Biólogos também se manifestaram contra, afirmando que a fusão “fragmentaria competências críticas”.
Confrontada pelos jornalistas, a ministra Maria da Graça Carvalho afirmou: “Não estou a trabalhar sequer nesse assunto”, uma declaração que, segundo os ambientalistas, não afastou completamente a possibilidade, mantendo a incerteza sobre o futuro da conservação da natureza em Portugal.














