O secretário-geral, José Luís Carneiro, justificou a escolha afirmando que António José Seguro "tem provas dadas no serviço dos valores democráticos e constitucionais".

O apoio surge num momento em que o PS procura reafirmar-se como alternativa de poder, e a escolha de um antigo secretário-geral é vista como um sinal de coesão interna.

No entanto, o próprio candidato fez questão de sublinhar a sua independência.

Ao reagir à notícia, Seguro afirmou que tomou "boa nota" da proposta, mas reiterou que tem uma "candidatura aberta" porque o Presidente da República deve estar "acima dos partidos".

Esta posição foi reforçada com o anúncio de apoios de figuras que estiveram ligadas a campanhas de Jorge Sampaio e Sampaio da Nóvoa, bem como de personalidades associadas à direita, como Vasco Rato, amigo de Passos Coelho. O apoio do PS a Seguro é também apoiado por figuras como a presidente da ANMP, Luísa Salgueiro, que o considera "a escolha certa de um Presidente da República que promove um Portugal mais justo, descentralizado e solidário". A formalização deste apoio clarifica o xadrez político à esquerda, colocando pressão sobre outras candidaturas como a de Catarina Martins e definindo Seguro como o principal candidato da área socialista na corrida a Belém.