Numa entrevista à agência Lusa, o almirante afirmou: "O Presidente [da República] que mais gostei e que me revejo nele por diversas coisas, até como ser humano, é Mário Soares".
Esta escolha demarca-o de outros presidentes, incluindo os militares não eleitos do pós-25 de Abril, e reforça a sua imagem de democrata moderado. A sua estratégia de pré-campanha tem sido marcada por ataques diretos ao seu adversário Luís Marques Mendes, a quem acusa de não ser verdadeiramente isento. Gouveia e Melo defende que Portugal precisa de um Presidente que não seja um "Cavalo de Troia" de um partido, alertando que Marques Mendes, se for eleito, "vai ficar com uma dívida ao PSD.
E essa dívida vai ser-lhe cobrada".
Em contraste, apresenta-se como um "civil com os direitos cívicos de todo o cidadão", apesar do seu passado militar. No que toca a temas fraturantes como a imigração, Gouveia e Melo distancia-se do discurso de André Ventura, afirmando: "Se esse tipo de discurso dá votos, então vou perdê-los". Considera que a nova Lei dos Estrangeiros "não foi a melhor" e que a economia "vai sofrer" sem imigrantes, defendendo uma política de integração em vez de ódio.
Esta abordagem visa capturar um eleitorado de centro, descontente tanto com os políticos tradicionais como com os extremismos.














