Numa sessão no Porto, a candidata sublinhou o caráter pessoal da sua iniciativa, afirmando que "a candidatura presidencial é pessoal, mas é tão forte quanto mais partilhada". A sua estratégia passa por criar um "espaço de encontro e de convergência" que una diferentes sensibilidades políticas em torno da defesa da democracia e da justiça social. Catarina Martins fez questão de se distanciar de rótulos partidários, garantindo que a sua candidatura "não se define por fronteiras partidárias" e que "dialoga com todas as pessoas, de todos os caminhos da política, empenhadas na democracia". O seu objetivo, declarou, é ser "a Presidente que cuida da democracia".
Para sustentar a sua ambição, a ex-líder bloquista recordou o seu percurso político de mais de uma década, durante o qual negociou e aprovou "quatro Orçamentos de Estado com medidas que ainda hoje são lembradas", numa clara referência ao período da 'geringonça'. Esta candidatura surge como uma tentativa de aglutinar um vasto espectro do eleitorado de esquerda e progressista, num momento em que o PS se alinha com António José Seguro. Ao apresentar-se sem as amarras do Bloco de Esquerda, Catarina Martins procura alargar a sua base de apoio e desafiar os alinhamentos tradicionais, propondo uma presidência focada na participação cidadã e no progresso social.














