Ventura criticou Gouveia e Melo por este se rever na presidência de Mário Soares e pela sua posição sobre a imigração, chegando a afirmar: "aposto que o doutor António Costa vota no almirante Gouveia e Melo para Presidente da República".

Ao fazê-lo, Ventura tenta associar o almirante ao establishment socialista, complicando a situação de António José Seguro, o candidato oficialmente apoiado pelo PS.

Numa entrevista, Ventura descreveu Gouveia e Melo como "medroso, hesitante e incapaz de tomar uma posição sobre os assuntos do país", contrastando com a sua própria imagem de "guerreiro na luta contra a corrupção".

O líder do Chega considera que, perante adversários que vê como próximos do sistema, a sua candidatura é a única que representa uma verdadeira rutura.

Gouveia e Melo, por sua vez, tem desvalorizado os ataques, classificando-os como "politiquice" e afirmando não estar "numas segundas legislativas", mas sim numa eleição presidencial onde procura ser independente.

Esta dinâmica de confronto direto define um dos principais eixos da pré-campanha, com Ventura a tentar forçar uma bipolarização com o almirante para garantir um lugar na segunda volta.