A disputa pelo terceiro lugar nas eleições autárquicas em Lisboa terminou com a confirmação do Chega à frente da CDU por uma margem de apenas três votos. Após a recontagem dos votos, incluindo 61 boletins da freguesia de São Domingos de Benfica que não tinham sido inicialmente contabilizados devido a um erro de impressão, o Chega obteve 26.755 votos, contra 26.752 da CDU. Este resultado garante ao partido de André Ventura a eleição de dois vereadores, Bruno Mascarenhas e Ana Simões Silva, enquanto a CDU elege apenas um, João Ferreira. A contagem final foi marcada por tensão, com a CDU a alimentar a esperança de reverter a desvantagem inicial de 11 votos. No entanto, apesar de ter recuperado terreno nos votos em falta, a validação de outros votos nulos acabou por não ser suficiente.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, reagiu ao resultado afirmando não ter "a certeza de que o processo esteja finalizado", indicando que o partido está a analisar "todas as possibilidades que existem para, se entendermos, o processo não terminar hoje".
O desfecho consolida a posição do Chega como uma força política relevante na capital, ultrapassando a coligação historicamente forte do PCP e PEV, e evidencia a crescente fragmentação do panorama político lisboeta, onde cada voto se revelou decisivo para a atribuição de mandatos.
Em resumoApós uma recontagem tensa, o Chega assegurou o terceiro lugar em Lisboa por uma margem mínima de três votos sobre a CDU, garantindo dois vereadores. O resultado, que o PCP ainda pondera contestar, confirma a ascensão do Chega no poder local da capital e a perda de influência da coligação comunista.