O PSD, sozinho ou em coligação, conquistou 136 câmaras, ultrapassando o PS (128) e recuperando a liderança da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que não detinha desde 2013.

Esta vitória foi vista pelo ministro Paulo Rangel como um elogio à governação, dando ao Governo maior margem negocial.

Por seu lado, o PS, apesar de perder a hegemonia autárquica, conseguiu travar uma queda abrupta após a derrota nas legislativas.

O líder socialista, José Luís Carneiro, proclamou que "o PS voltou como grande alternativa política ao Governo", destacando a conquista de importantes capitais de distrito como Coimbra, Faro e Viseu.

No entanto, vozes críticas dentro do partido, como Duarte Cordeiro, classificaram o resultado como uma derrota.

O Chega, que ambicionava conquistar 30 municípios, venceu apenas em três: Albufeira, Entroncamento e São Vicente.

Apesar de falhar o seu objetivo principal, o partido consolidou-se como terceira força em muitos concelhos e aumentou significativamente o número de vereadores, o que politólogas consideram um "teste" à sua capacidade de gestão. A CDU continuou a sua trajetória de declínio, perdendo bastiões históricos como Serpa e Setúbal.

Em suma, os resultados reforçaram o bipartidarismo a nível local, mas num quadro de maior fragmentação e com novos equilíbrios de poder a serem geridos.