Esta vitória representa uma alteração significativa no equilíbrio de poder territorial em Portugal, reforçando a posição política do primeiro-ministro Luís Montenegro e do seu governo.
O resultado marca uma inversão face a 2021, com o PSD a ultrapassar o Partido Socialista (PS), que elegeu 128 presidentes de câmara.
A conquista de municípios populosos e estratégicos como Lisboa, Porto, Sintra, Vila Nova de Gaia e Cascais foi particularmente simbólica. Como consequência direta, o PSD assume a presidência da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), órgãos de grande influência na negociação com o poder central.
Luís Montenegro destacou o feito, referindo que esta é a primeira vez que um primeiro-ministro do PSD vence eleições autárquicas desde Cavaco Silva em 1985, interpretando o resultado como um voto de confiança na sua governação.
A vitória motivou a convocação de uma reunião do Conselho Nacional do PSD para analisar a nova conjuntura política.
As eleições revelaram também uma acentuada renovação de quadros, com 171 dos 308 presidentes de câmara eleitos a iniciarem o seu primeiro mandato.
A consolidação do poder local do PSD confere ao Governo da Aliança Democrática (AD) uma maior margem negocial e legitimidade política, num momento em que se prepara para debater o Orçamento do Estado para 2026.














