Esta decisão estratégica procura consolidar o espaço do centro-esquerda na corrida a Belém, embora o próprio candidato reforce o seu posicionamento como "suprapartidário".
A proposta de apoio, apresentada pelo secretário-geral José Luís Carneiro e pelo presidente do partido Carlos César, foi aprovada com uma esmagadora maioria, registando apenas duas abstenções e nenhum voto contra.
Carneiro justificou a escolha afirmando que Seguro "tem provas dadas no serviço dos valores democráticos e constitucionais" e representa o "campo do socialismo democrático".
Em resposta, António José Seguro agradeceu o apoio, mas fez questão de sublinhar a sua independência: "Tomo boa nota dessa notícia, mas não quero nem devo interferir na vida interna dos partidos políticos em Portugal.
A minha candidatura foi apresentada há quatro meses, tem vindo a granjear cada vez mais apoios, à esquerda, à direita, ao centro".
A natureza deste apoio foi também matizada por Carlos César, que declarou que a decisão "esgota a participação" institucional do PS na eleição, salvaguardando a liberdade de voto dos militantes. Esta posição surge num contexto de algumas reservas internas, como as manifestadas anteriormente por Augusto Santos Silva, que em janeiro considerou que Seguro "não parece cumprir os requisitos mínimos". A formalização deste apoio posiciona Seguro como o candidato central da área socialista, intensificando a dinâmica com os restantes candidatos, nomeadamente os do seu espectro político, como Catarina Martins, que o criticou por representar "os problemas de sempre".














