A decisão, justificada por motivos "éticos e políticos", foi recebida com surpresa e críticas, alterando a dinâmica de poder no executivo camarário.

Mário Rocha, que na noite eleitoral havia garantido que a sua coligação iria "ser oposição e recuperar a Câmara de Paredes daqui a quatro anos", abdicou do lugar para o qual foi eleito, defraudando as expectativas dos seus eleitores. Com a sua saída, a liderança da oposição passa para Mariana Machado Silva, número dois da lista e presidente da concelhia do PSD de Paredes. Esta transição de poder não planeada cria um vácuo na figura central da oposição, que havia prometido uma fiscalização "firme e responsável". A decisão de Rocha foi duramente criticada pelo presidente da Câmara reeleito, o socialista Alexandre Almeida, que declarou: "Quem não respeita a vontade da sua gente, não é digno da sua gente".

A renúncia representa uma quebra de compromisso político e força um realinhamento na estrutura de poder da oposição em Paredes, num momento crucial do início do novo mandato autárquico.