Numa declaração no Porto, Catarina Martins afirmou categoricamente: “Comigo Presidente, o Chega nunca será Governo”.
Justificou esta posição sublinhando que a sua candidatura representa “uma luta pela cultura política e pela decência democrática” e que nunca viabilizaria uma maioria que incluísse um partido que, na sua opinião, “não respeita a democracia” nem a Constituição. A candidata apresentou-se como uma figura independente de estruturas partidárias, com uma candidatura “pessoal, mas tão forte quanto mais partilhada”, apelando a um “espaço de encontro e de convergência” que una “todas as vozes comprometidas com a democracia”. Distanciou-se de Marcelo Rebelo de Sousa, prometendo não dissolver o parlamento por chumbos orçamentais, e rejeitou o apelo de Vasco Lourenço para desistir em favor de António José Seguro, a quem acusa de representar “os problemas de sempre e o centro político que retirou capacidade à classe trabalhadora”. A decisão de avançar surge, segundo a própria, após o fracasso das tentativas de encontrar uma candidatura de convergência à esquerda, assumindo a missão de evitar que a campanha presidencial se torne no “enterro da democracia em Portugal”.














